A Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) é uma forma de acessibilidade audiovisual que desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão e acessibilidade do espectador surdo ou com dificuldades auditivas.
A acessibilidade
Em Portugal, desde 1999 que estão em vigor um conjunto de obrigações regulatórias para garantir a acessibilidade de programas de televisão e serviços audiovisuais às pessoas com necessidades especiais.
A LSE é hoje um requisito legal em muitos contextos, incluindo a televisão, o cinema e serviços de streaming, garantindo que as pessoas surdas e ensurdecidas tenham acesso desimpedido ao conteúdo audiovisual.
A Sintagma tem o privilégio de colaborar com diversas empresas e organizações nesse esforço de produzir LSE de alta qualidade, com foco na precisão, sincronização e estética visual. Através dessa parceria, contribuímos para a promoção da igualdade de acesso, enriquecendo a experiência de visualização de todos os públicos e desempenhando um papel essencial na construção de um ambiente mais inclusivo e acessível para todos.
Os desafios
Na LSE, as distinções fundamentais em relação à legendagem convencional tornam cada projeto uma jornada única, repleta de desafios que demandam precisão e atenção meticulosa.
Neste contexto, a formatação gráfica e textual das falas, bem como a identificação de efeitos sonoros, música e intervenientes são aspetos cruciais que diferenciam a LSE. A harmonização da estética visual, mantendo a fidelidade ao conteúdo original, é um equilíbrio que requer cuidado e tempo adicional para garantir uma experiência inclusiva e significativa para o público com dificuldades auditivas.
Enfrentar estes desafios de forma eficaz é uma prioridade da Sintagma nestes projetos. Através de nossa abordagem minuciosa, asseguramos que cada projeto de LSE supera estas barreiras, contribuindo para uma experiência audiovisual acessível e enriquecedora.
Resultados
Os projetos de LSE vão além da simples transmissão de diálogos. Estes incorporam informações essenciais que enriquecem a experiência, tornando-a inclusiva e acessível a todos. Esse tipo de legendagem desempenha um papel crucial não apenas para indivíduos com dificuldades auditivas, mas também em ambientes educacionais, onde é fundamental facilitar a compreensão de aulas e palestras.
A colaboração da Sintagma em projetos de LSE desempenha um papel vital na quebra de barreiras de comunicação. A nossa missão é contribuir para a construção de um mundo onde todos possam desfrutar do conteúdo audiovisual.
Num mundo que abraça cada vez mais a inclusão, garantir a igualdade de acesso à informação e entretenimento é o caminho a seguir.
Sabia que...
· Ao contrário da legendagem convencional, na LSE os pontos de exclamação e de interrogação devem ser sempre antecedidos por um espaço? Isto acontece porque o teletexto tem associado a si algumas limitações gráficas e utiliza uma fonte de texto própria que pode gerar confusão entre caracteres. Por exemplo, o ponto de exclamação (!) pode ser facilmente confundido com a letra L minúscula (l) ou com o número um (1) e o ponto de ponto de interrogação (?) pode ser confundido com o número dois (2). Assim, para evitar a confusão, estes sinais de pontuação são antecedidos por um espaço.
· As legendas na LSE não têm todas a mesma cor? A cor amarela é a cor padrão na legendagem, o branco é utilizado para identificar personagens que não estão no ecrã e o azul é reservado para indicar efeitos sonoros, música e o nome das personagens.
· Embora seja um requisito da LSE identificar os efeitos sonoros e música que aparecem no ecrã, não é necessário identificar tudo? Os efeitos sonoros devem ser identificados apenas quando não são visualmente representados no ecrã. Por exemplo, num vídeo de um concerto, não é necessário identificar [ACORDES DE GUITARRA PORTUGUESA] quando a imagem mostra claramente alguém a tocar a guitarra portuguesa.
· Em Portugal, quando se estabeleceu o primeiro acordo para a disponibilização da LSE, em 1999, o número de horas disponibilizadas para este tipo de legendagem era de 15 horas por semana? Com o passar dos anos e graças ao crescente reconhecimento da importância da inclusão, o número de horas dedicadas à acessibilidade duplicou com o objetivo de atenuar as dificuldades que os cidadãos com necessidades especiais experienciam no acesso à informação, à cultura e ao entretenimento que os média tendem a oferecer.